sábado, 22 de dezembro de 2012

O Som e a Fúria



Acho que a cena chave de As Vantagens de Ser Invisível é aquele momento em que Sam explica por que os garotos ingênuos são os piores: porque seus pais gostam deles e você nunca espera que eles ataquem. 

E, uma hora, eles atacam.

Provavelmente meus pais não veriam o menor problema em eu assistir esse filme aos 16 anos e eu acharia ele um filme muito legal sem me dar conta do mal que ele, secretamente, estaria me fazendo. Talvez porque a adolescência seja justamente essa inconsciência do quanto cada uma daquelas coisas mínimas e trágicas e alegóricas serão, de uma forma ou de outra, carregadas por nós para sempre.

As dores sempre relegadas ao extracampo, os closes apaixonados em Emma Watson, a iluminação sentimental de uma época em que tudo é excessivo, a montagem paralela que todo adolescente é obrigado a fazer para começar a construção do adulto que ele será, a câmera que flutua ao som de Heroes.

As Vantagens de Ser Invisível é um voo, onde, sem dúvida, muita coisa passa rápido demais, muita coisa é vista pela metade, muita coisa ganha atenção demais - mas me seria extremamente absurdo assistir a um filme sobre ter 16 anos que não se entregasse a excessos. Temos uma vida inteira para ser comedidos e racionais, e como certo russo disse uma vez "o homem que não se permite a paixão na juventude é mais tolo que o mais ridículo apaixonado".

Se podemos ser heróis, mesmo que só por um dia, por que dizer não?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Querida Wislawa,

como você está? Espero que bem. Melhorei exponencialmente após ler suas cartas tão carinhosamente feitas especialmente para mim; achei a delicadeza de escrevê-las em forma de poemas cativante e devo dizer que me sinto, de alguma forma, curado do que quer que fosse que estava me devorando.

Me contaram que você não está mais tão por perto assim, aparentemente ocorreu uma grande e irreversível viagem no começo do ano, é isso? Bom, tanto eu quanto você sabemos que entre nós dois não existe distância irreversível, sua mão está sempre ao alcance da minha e, também por isso, obrigado.

É preciso confessar o alívio que você me provocou ao mostrar que, no que diz respeito a expressão, não existe tanto assim o que gostamos tanto de chamar de "barreiras da tradução". Eu, olha que engraçado, sempre me considerei refém da tradução e foi preciso suas cartas para me mostrar que o essencial realmente não está na palavra. Sabe, fazia um tempo eu suspeitava que nem tudo era morfologia nesse mundo, pois você foi a confirmação disso - porque sempre que leio (e te garanto que já li e reli muitas vezes) "Tem uns quarenta anos, mas não agora", sei que há algo tão maior que o "tem" o "uns" o "quarenta" o "anos" a "," o "mas" o "não" e o "agora", algo maior ainda do que a junção dessas palavras, algo maior ainda que o feixe de luz que perpassou sua mente ao descobrir esse verso.

Há algo maior, querida Wislawa.

Há algo maior que o Vietnã naquele "- São" de uma mulher sem memória, há algo maior n'"A vingança da mão mortal", do que uma mão e um lápis, há algo maior do que a rima, a métrica, a técnica. Maior do que você Wislawa (que é uma mulher gigante), algo que foge do seu controle, como também fugia ao controle de Breton, de Duras, de O'Connor.

Acho que uma folhinha voou de mim até você, ou que sua bola se perdeu em algum arbusto da minha infância, ou ainda que tentamos entrar na mesma pedra só para procrastinar ainda mais a cruel e insensível tarefa de redigir um currículo.

Procrastinar com você foi tão bom que pareceu, em certos momentos, com criação.

Me escreva mais, certo? Algo me diz que ainda vou precisar muito do efeito de flutuação que suas palavras provocam em mim. Prometo sempre responder, não importa se de formas inteligíveis, como você bem sabe.

Te amo Wislawa, 
e já estou com saudades.

Felipe.


sábado, 3 de novembro de 2012

BANG BANG PJ!



Esse ano conheci a PJ Harvey.

As referências eram ótimas (se a Rory gosta, deve ser bom, etc etc) e não havia nada que indicasse que eu não fosse gostar. Não se tratava de um risco - mas aí é que está, dentro do melhor que era esperado PJ Harvey foi ainda mais longe. Tão longe que achei necessário dizer alguma coisa.

Primeiro: criar expectativas a respeito dela é completamente inútil, talvez porque, como Patti Smith e Joni Mitchell, ela esteja completamente comprometida com algo que vai além de si mesma, além do público, além mesmo da música. Talvez o que pudesse ser chamado de profissão de fé.

A questão é que acho uma bobagem reclamar que em White Chalk ela deixou de ser a roqueira que era em Rid of Me e To Bring You My Love pra se tornar uma filha chata da Vashti Bunyan, ou que Stories From the City, Stories From The Sea é um álbum feito pra vender, ou ainda que Let England Shake é um disco histérico só porque ela pega pesado nos agudos: porque todas essas definições simplesmente não existem pra PJ Harvey; foram só coisas que, sendo ditas tantas vezes, passaram a parecer proposta do artista e não rótulo imposto pelo público.

Pra abraçar Polly Jean o mínimo que se pode fazer é dispor-se a uma liberdade tão absoluta quanto a dela. Não dá pra ouvir um disco pensando que ele vai continuar o último, essa mulher é pura ruptura e pesquisa - e aqui, nesse ponto, é que ela se revela como constante e excitante risco. Não é preferir "Angelene" a "Down by the Water", ou "Dry" a "The Soldiers", ou tentar descobrir qual o melhor disco dela, porque é completamente infrutífero comparar a PJ Harvey a ela mesma, no máximo se chegará a um diagnóstico de esquizofrenia ou de incongruência.

A importância de ouvir PJ Harvey está nessa possível reeducação de nossa interpretação tão pré-disposta a competição que aprendemos a cultivar, tão viciada na comparação, tão obcecada pelos prêmios e vitórias de uma obra de arte sobre a outra. Chega de colocar os artistas pra correr como cavalos em uma maratona. A obra de PJ Harvey é uma gargalhada na cara de quem insiste em troféus e estrelinhas, e um afago mais do que necessário para quem está disposto a assumir riscos (principalmente, o risco da falha).

Arte é um ato de coragem.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Flannery O'Connor - cuidado com essa ameaça


Flannery O’Connor é malvada.

Sério, puro fel.

Demoníaca.

Manipuladora.

Gênia.

Escreveu uma obra que perverte a mente humana, ou seja, instiga-a. Pra ler Flannery tem que ter culhão e coração. Ela exige muito, exige tudo – pra no final nos lembrar que o prêmio por tanto esforço é sempre um saco cheio de desespero.

Essa literatura do soco no estômago não começa nessa católica recalcada, mas nela alcança uma espécie de ápice do mal-estar, uma poética da desrazão. O’Connor é dessas que enxerga a natureza como caos, nunca como harmonia. E não qualquer caos, mas caos violento, sanguinário, cruel. Mas tudo bem, isso é apenas uma visão de mundo, não garante nenhum qualidade estética. Mas aí acontece isso aqui:

 “Sentada no degrau, agarrada ao balaústre, pouco a pouco ela recuperou o fôlego, respirando em doses mínimas, e a escada parou de balançar como gangorra. Só então abriu os olhos. Voltou-os lá para baixo, lá para o fundo, lá para o buraco negro de onde ela mesma, há tanto tempo, tinha vindo. E disse: ‘Boa sorte’, dizendo-o numa voz cavernosa que ecoou nos vários níveis do poço, ‘neném’.
Maliciosamente os três ecos repetiram: ‘Boa sorte, neném’.
Mais uma vez ela reconheceu a sensação tão ligeira de coisa que se mexia. Era no entanto como se não fosse em seu ventre. Parecia mais um nada que ainda estava em nenhures, estando em repouso e à espera, na plenitude do tempo”. (Um Golpe de Sorte)

E o leitor pensa “como essa mulher faz uma descoberta de gravidez ser tão arrasadora???!!!”, é, isso é a Flannery O’Connor. Toda palavra é melifluamente ajambrada para que seu sentido comum seja pervertido até que se alcance a perfeita forma da palavra-ameaça – pois para O’Connor é a palavra o seu revólver, é com ela que Flannery ameaça, intimida e, constantemente, assassina. O gênero dessa literatura? Chamem de contos à La Lady Macbeth ou Histórias pra Mefistófeles dormir, não sei. Do gênero, realmente não sei. Assim como não sei do gênero de A Paixão Segundo G.H., Os Irmãos Karamazov, Moby Dick, porque como Lispector, Dostoievski e Melville, O’Connor só chegou até a palavra para estuprá-la e destruí-la – enquanto sorri diabolicamente com a verdade em suas mãos.

Falam muito sobre “representação do Sul dos EUA”, “realismo norte-americano”, “crítica social severa” quando Flannery está em pauta. Ainda não vi falarem do que mais me impressionou e transformou: que o verdadeiro e único lar da literatura brutal de O’Connor é nosso epicentro egocêntrico e tenebroso que nos acostumamos a chamar de alma, apenas isso. Alma que tudo traga para si, até que não aguenta tanto peso e morre. Ou não, pois até isso pode nos ser negado pela natureza:

“A ave brava que pairava sobre sua cabeça, numa espera misteriosa, durante os anos de sua infância e os dias da doença, pareceu de repente se mexer. Asbury descorou, e a última camada de ilusão, como que num redemoinho, foi-lhe arrancada dos olhos. Ele viu que pelo resto dos seus dias, frágil e atormentado, mas resistindo, teria de viver sempre em face de um purificante terror. Um grito fraco, derradeiro e impossível protesto, escapou-lhe ainda. Mas o Espírito Santo, blasonado em gelo, e não em fogo, mantinha-se a baixar, implacável”. (O Calafrio Constante)

Como Lúcifer, Flannery O’Connor não dá descanso aos condenados que escolhem entrar em seu inferno. Repito, não há recompensa a não ser desespero. Me ouçam: NÃO LEIAM ESSA MULHER.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A Beleza do Desespero




Certos livros dariam origem a uma religião. Não é sempre, mas de vez em quando acontece de um livro ser mais que Literatura, ser mais que rigor, mais que um autor – esse fenômeno, esse milagre, exige muito para acontecer: exige o pulo sem volta no abismo do absurdo, onde não existe ego, não existe organização, não existe dominação, tudo é na única forma em que as essências conseguem ser, caos.

Moby Dick é, dessa forma, incontornável.

Como Os Irmãos Karamazov e A Montanha Mágica, Moby Dick entrega ao leitor um itinerário para sua própria alma, um mapa para os tortuosos caminhos do espírito. Herman Melville, o profeta dominado pela graça da prosa deste livro sagrado, sintetiza o indescritível, captura o inenarrável – faz Grande Literatura, enfim.

Nas páginas da odisseia de Ahab e seus escravos o leitor depara-se com um dos embates ancestrais da arte literária: a prosa x a poesia, a racionalização x a abstração, a inteligência x o incompreensível. O absurdo que a terrível baleia branca personifica jamais poderá ser inteiramente dominado pela determinação sistemática e doentia de Ahab, personagem que desde sempre já perdeu a batalha em que transformou sua existência. Da mesma forma, Melville luta bravamente ao impor uma narrativa clara e objetiva a um universo prenhe do mais incontrolável desespero, da mais tirânica sensibilidade. Enquanto acompanhamos o diário de um observador (que vai, lentamente, ser tragada pelo redemoinho de loucura e devaneio do Peacock) assistimos a prosa de Melville sucumbir ao poder fascinante da poesia, quando afirma, por exemplo, que “a mente não existe senão atada à alma” (p. 225), ou ainda quando faz com que a pessoa antes tão compacta e sólida de Ahab vá se deteriorando até chegar ao ponto que “Ahab nunca pensa; apenas sente, sente, sente; isso já é bastante tormentoso para um mortal! Pensar é audácia. Só Deus tem esse direito e privilégio” (p. 582).

Como os grandes épicos haviam ensinado (e aqui nos deparamos com os inevitáveis Ilíada, Odisseia, A Divina Comédia) a pretensa separação de prosa e poesia é um fracasso anunciado – às vezes de uma forma mais declarada (Virginia Woolf, William Faulkner, Raduan Nassar, Guimarães Rosa), às vezes de uma forma mais “discreta” (Cervantes, Graciliano Ramos, Flanney O’Connor, Dalton Trevisan) a poesia sempre encontra um caminho de contaminar, de infectar, a idealizada objetividade da prosa.

Temos, então, um livro que muito tem a dizer para a Literatura enquanto arte, enquanto expressão, enquanto pensamento e enquanto religião, profissão de fé. Como todo grande livro, Moby Dick é, em si mesmo, um mundo completo, onde só há espaço para a mentira legitimada da ficção, que alcança uma verdade jamais possível para a verossimilhança.




quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Permanecer




Acredito ser muito comum enxergar a obra de Theo Angelopoulos pela perspectiva do histórico, do coletivo, do universal. Como toda obra de arte genial, é óbvio que o gênio de Angelopoulos abre espaço para, praticamente, todo e qualquer viés de interpretação. Mas hoje, 8 de fevereiro de 2012, 15 dias após sua morte estúpida e precoce, o que mais me vem a mente quando penso neste diretor é o quanto ele é emotivo, particular e singular.

Seus planos-sequência longuíssimos tratam do avanço histórico-social de uma nação? Sim. Mas, talvez, a questão aqui seja entender o que significa para Angelopoulos o “histórico-social” – pois a humanidade e sua trajetória nada mais são do que os pequenos seres humanos, sempre tão insignificantes nos planos abertíssimos de Angelopoulos; insignificantes e, justamente por esse motivo, fascinantes.

Afinal, o que pode um casal de irmãos ainda tão crianças diante de uma mão imensa que brota do mar e aponta para lugar nenhum? Ou o que pode um simples diretor de cinema diante de uma película em branco que registrou as primeiras imagens em movimento da história de seu povo? Ou ainda, o que pode uma mulher abandonada e condenada à espera diante de um vale infinito de lágrimas e esperanças cobertas de poeira e desespero? Nada, não podem nada – e por isso mesmo podem tudo. Por mais divino que pareça, e seja, o coração do cinema de Angelopoulos está no fracasso ancestral dos homens, nos gigantes-na-verdade-moinhos que insistimos em desafiar.

Filho da terra que inventou a narrativa ocidental como conhecemos, este grego compreendeu que só é possível ser épico na medida em que respeita-se o poder arrasador do lírico. Tome-se Vale dos Lamentos: muito se fala de guerra, de despedidas, de filhos perdidos e amores nunca plenamente realizados, todos os temas da Ilíada e da Odisséia, nada mais narrativo e clássico. Mas, como todo bom espectador de cinema já deve ter percebido, milhares de artistas caminharam a mesma procissão – e nem 10% deles irá permanecer da forma que Angelopoulos permanecerá.

Por quê? Bem, este grego está longe de se ressentir de não haver, propriamente, “temas novos”, está, isso sim, encantando com a perenidade que determinados sentimentos parecem possuir; são aquelas sensações que poderíamos chamar “inescapáveis”, ou ainda “incontornáveis”. O amor proibido, a prisão eterna da maternidade, o horror sem sentido da guerra, tudo isso já sabemos de cor simplesmente porque somos pessoas. Essa familiaridade sanguínea libera nosso caminho para o confronto com o principal: as imagens. E imagens que se debatem em um caos sentimental e poético que a narrativa apenas parcialmente encobre.

Do lento zoom-in que vai, com muita delicadeza, se aproximando de um novelo de lã que se desfaz conforme os protagonistas se afastam, do pai inconsolável que se despede do espetáculo da vida em um teatro onde urra desiludido atrás da filha enquanto a câmera respeitosamente se afasta, da mudança de foco que assinala a mudança de tempo que foca uma lembrança perdida na memória, de tudo isso não nos fica por sua função narrativa ou sua adequação ao roteiro – fica por algo muito mais inefável, incomensuravelmente subsumido, fica pela sensação, pela onda invisível que toma conta do nosso corpo sempre que nos deparamos com algo emotivo, particular e singular e, consequentemente, histórico, coletivo e universal.

Não podemos esquecer que compartilhamos da incompreensão, que somos sozinhos juntos, que dividimos de uma mesma essência que nos faz únicos. Como toda grande arte, a de Angelopoulos divide-se aflita entre o épico e o lírico, tenta organizar aquilo que, se é belo, o é por ser de impossível captura. Correr atrás do impossível sempre e depois morrer aceitando nossa pequenez e celebrando nossa grandiosidade.
           
Existe algo que deuses nunca entenderiam, se chama Paixão.

sábado, 7 de janeiro de 2012

DAS MELHORES COISAS DE 2011

2011, ano pessoalmente canalha, mas esteticamente interessante – vamos à lista!



A DOCE VIDA – Assisti-lo, em película, foi ser nocauteado pela beleza só possível no cinema. Foi ter certeza de que existe algo no humano muito maior que o humano. Foi sair do cinema e querer morrer abraçado a um amigo. Não gosta desse filme? Desculpe, mas desista do cinema, pois não há nada nele pra você.




O REI LEÃO – A recordação é, talvez, a forma mais contundente de celebrar uma imagem – é como transformamos a imagem em sangue e sentimento. E o que é O Rei Leão se não a recordação exata do que já fui e daquilo que viria a ser? Último épico do estúdio que foi meu útero cinematográfico, despedida de uma certa forma de fazer animação, obra que provavelmente enlouqueceria John Ford e deixaria Tarkovsky com inveja da câmera sem limites da animação. Eterna. Lágrimas. Coração.




CÓPIA FIEL – Tem verdades que só vem com a mentira. Tem belezas que são oblíquas e certas coisas só se entende dissimulando. Certas imagens só se completam se sobrepostas. Como disse um crítico “Cópia Fiel deixa de ser grande para ser infinito”. É: infinito.




UM LUGAR QUALQUER – Poesia do abandono. Evidenciar beleza do vulgar. Dar a partida de um homem morto através da luz e do movimento de uma ninfa. Fazer música com o alarme de um carro. Criar hamonia com o som do Guitar Hero. Abraçar o coração com um zoom-out.




HOW I MET YOUR MOTHER – Prova que não existe formato esgotado, apenas mentes esgotadas. Que, quando se trata de sensibilidade, não importa se falamos de humor ou drama, de cinema ou TV. Que a montagem pode fazer milagres e que saber quando cortar para a próxima cena muda a cena que veio antes e prepara (ou não) para a cena que virá depois. Assistam e aprendam.




BRAVURA INDÔMITA – Beleza da pedra. Sem mais.




ÁRVORE DA VIDA – A importância de errar pra superar a perfeição e atingir a Verdade.




EMILY DICKINSON – Milagrosa. Pura luz. Gostaria de morar na poesia dela.



MOBY DICK – Daqueles livros que poderiam começar uma religião. Daqueles que se tornam referência pessoal para compreensão alheia. Monumental. Inescapável.


SALLY MANN – Ressignificou a palavra expressiva. Rigor maternal. Existe algo que só (n)as crianças... !

(Obviamente, nem tudo aqui foi produzido em 2011 - se trata, simplesmente do que eu vou levar deste ano)