Poemas, Wislawa Szymborska - Livro salva-vidas do ano. Cheio de milagres. A essência não se perde na tradução. Os poemas que eu gostaria de ter escrito. Carta de amor à humanidade. Palmas.
Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, Beto Brant e Renato Ciasca - O corpo e o espírito de uma mulher que é o paraíso e o inferno. O prazer de filmar Lavínia/Camila. Uma mulher é uma mulher. O tempo de um plano deve respeitar sua respectiva e singular beleza.
Contos completos, Flannery O'Connor - Gênio do mal. O fel da verdade que apenas a mentira encerra. O sereníssimo bater de asas do anjo da maldade. A palavra é uma arma - que, sim, mata. Inconsequente. Extremamente perigosa.
Moonrise kingdom, Wes Anderson - A beleza de sonhar. Fugir é uma necessidade espiritual. A liberdade de não amadurecer. Câmera-flutuante. Nada mais comovente do que reconhecer-se no outro. C'est le temps de l'amour.
Ariel, Sylvia Plath - A verdade é que não há rima que abarque a poesia. Sylvia nasceu pra ser poesia.
Blue valentine, Derek Cianfrance - Foi difícil seguir em frente depois desse filme. Não há bom gosto quando o amor acaba - apenas raiva e frustração. Eles não tem mais nada pra dizer um ao outro. Apenas terminou.
O mendigo que sabia de cor os adágios de Erasmo de Rotterdam, Evandro Affonso Ferreira - É possível ler e fazer literatura. Marguerite Duras ia sorrir. O parágrafo que vale uma vida.
5ª Temporada de Mad men, Matthew Weiner - A temporada das despedidas. O retorno às trevas. A quase-redenção de um condenado.
Nadja, André Breton - A mulher é o impossível.
Procurando Nemo, Andrew Stanton - A beleza é o movimento. Irmão mais novo (e livre-lírico) de Valente.
Trópico de câncer, Henry Miller - A língua é, essencialmente, sexual. E, por favor, chega de falar do Bukowski.
As vantagens de ser invisível, Stephen Chbosky - Para esse filme eu só tenho a dizer OBRIGADO.
Carta a D. André Gorz - É, aparentemente existe sim. Para ser amado com muita força.
Caminho para o nada, Monte Hellman - A arte não tem piedade.
Essencial, Franz Kafka - Título de livro mais honesto do ano. Para ler e morrer.
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